segunda-feira, dezembro 11, 2006
Modos de Vida 16
quinta-feira, novembro 30, 2006
Pele 13
terça-feira, novembro 21, 2006
Ambiências 33
Para que conste: este espaço tem no rodapé um pequena frase que diz: “Todas as fotografias expostas têm a permissão dos respectivos autores”.
Porque razão estaria esta frase lá escrita se assim não fosse? Só as mentes eventualmente invejosas que revelam ou pouca atenção aos detalhes importantes ou uma desonestidade intrínseca, é que podem duvidar.
O critério de selecção das fotos, para quem estiver interessado em saber, não é o do conhecimento dos autores mas exclusivamente das fotos dos autores.
A entrada das fotos aqui, isso sim, depende de critérios bastante mais objectivos e rigorosos: da conjugação dos astros, do número de neutrinos que numa determinada hora atinge a crosta terrestre e, não menos importante, do fluxo de radiação UV que é absorvida na camada de ozono porque, como sabem, a radiação UV causa males de pele e pruridos indesejáveis.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Sugestão 09
Inaugura amanhã no Espaço Quadrante, no Centro Cultural de Belém, uma exposição colectiva de fotografia inserida na comemoração do Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação. Estará patente ao público durante todo o mês de Novembro e depois estará no arranque no rali Lisboa Dakar. Será posteriormente exibida nos Casinos de Lisboa e continuará a sua marcha por alguns pontos do País. Esta exposição, produzida por Sofia Brás Monteiro, é uma iniciativa da Comissão Nacional de Coordenação do PANCD.
quarta-feira, outubro 25, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
domingo, setembro 24, 2006
segunda-feira, setembro 18, 2006
domingo, setembro 10, 2006
Ambiências 31
sábado, setembro 02, 2006
Modos de Vida 15
Ao fim do dia, chegado ao reduto com aromas ocidentais, com o corpo ainda coberto de aridez, ouvia-se na televisão que emitia a RTP África um drama nacional que afectava a nação lusa: O Caos na Liga de Futebol. Adormeci num sono solto, assaltado por aquele sorriso.
quinta-feira, agosto 10, 2006
Ambiências 30
sexta-feira, julho 14, 2006
Séries 09
Este processo que durou três anos espelha a irresponsabilidade com que a tutela inicia reformas: Não as prepara, não as acautela, lança os dados e pensa que a sorte protege os audazes.
Agora não me apetece dizer mais, nem me apetece dizer que formalmente os professores e o trabalho que desenvolveram desde Agosto de 2005 até hoje e até Dezembro de 2006 não existe nem existirá, não conta nem contará, foi e será a feijões: São os profes-zombies.
quinta-feira, junho 29, 2006
Retratos 20
quinta-feira, junho 22, 2006
Modos de Vida 14
Se esta proposta se vier a verificar, os jovens e menos jovens professores deste país apodrecerão numa carreira estagnada sem o menor motivo de interesse por mais excelentes que sejam porque só poderão progredir se os colegas de mais idade tiverem todos morte súbita. Será com este sistema de quotas na progressão, verdadeiramente assassino, que este governo pretende aliciar o mérito e o bom desempenho e a qualidade da educação? Claro que para o governo o que importa são apenas os resultados, os meninos têm todos que passar para melhorar as estatísticas do abandono escolar e da baixa escolaridade de Portugal. Estou certo que muitos professores afastar-se-ão do ensino público e, dentro em breve, a escola será também ela externalizada, como é agora moda dizer-se. Aliás, esse é o verdadeiro propósito deste “Estatuto-dos-Professores” distribuir mais umas negociatas pelos amigos e famílias. Até quando vamos permitir este abuso?
domingo, junho 04, 2006
Modos de Vida 13
segunda-feira, maio 29, 2006
Modos de Vida 12
Levantou-se animado pela concretização de um sonho que há muito perseguia, vestiu-se e saiu sem deixar satisfações àqueles que consigo privavam mais de perto. Pela primeira vez tinha um gesto egoísta e iria passar umas horas livres de tarefas pré-determinadas por aqueles que o rodeavam e lhe impunham um ritmo que muitas vezes não era o seu.
Iria finalmente participar numa prova desportiva que um amigo lhe havia falado. Entusiasmado por vestir um traje desportivo e ser alvo dos olhares da assistência, sentou-se decidido a fazer boa figura. Passado pouco tempo de iniciar a prova, percebeu que, afinal, não tinha escolhido o desporto apropriado e, mais uma vez, era obrigado a ter um ritmo que não era o seu.
terça-feira, maio 23, 2006
Modos de Vida 11
domingo, maio 14, 2006
Ambiências 29
Ufa, andar em mudanças deixa-me de rastos mas renovado. É nas mudanças que reciclamos tudo aquilo que havíamos um dia guardado à espera de um destino qualquer e que inevitavelmente acaba no lixo por recusa de mais carregos. É também nestas alturas que se descobrem surpresas que nem sabiamos existir e que guardamos religiosamente num caixote até uma próxima mudança. É uma espécie de destilação em que se guardam apenas algumas gotas de memórias que sintetizam a história que se quer preservar.
quinta-feira, maio 04, 2006
Ambiências 28
sábado, abril 22, 2006
Intimidades 13
Toma. São para ti. Amanhã as flores poderão murchar, mas serão só as flores porque nós temos nos poros marcas indeléveis de uma vontade que se cumprirá.
terça-feira, abril 18, 2006
Modos de Vida 10
terça-feira, abril 11, 2006
Ambiências 27
- Danço. Danço os sons da vida. Aqueles que saem dos olhares, dos sorrisos, das tristezas, em notas soltas, por vezes fracas, outras vezes fortes. Sabes, o segredo está em conseguires captar toda a intensidade destes sons que te rodeiam.
- Não, o segredo está na forma como te entregas. A generosidade, a alegria, a ingenuidade e a autenticidade com que te relacionas. Tu encantas a vida!
terça-feira, abril 04, 2006
Sugestão 08
Segundo o autor, "The Girl Next Door desperta o nosso imaginário nos encontros fugazes, numa troca de olhares, na porta da rua, no elevador, no café da esquina, no cinema… este mistério despertou a ideia de criar um livro que levante um pouco o véu da intimidade feminina.
Tudo é diferente neste livro. As modelos não são profissionais e não planearam figurar num livro de fotografia. O casting foi, completamente aleatório e casual, resultando de encontros fortuitos do dia-a-dia.
Diante da objectiva, a Mulher dá-se a conhecer. E, muitas vezes, com grandes surpresas também para si própria sobre coisas que escondia e a coragem que desconhecia ter. Expõe muito da sua força. Muito da sua insegurança."
sábado, abril 01, 2006
Ambiências 26
quarta-feira, março 29, 2006
Pele 12
A sua atenção ficou totalmente desperta e decidiu observar com atenção aquele encontro entre dois seres tão diferentes que davam nas vistas pelo contraste. A bela e o monstro, pensou. Imaginou nomes para aquelas duas personagens que o tinham feito sair do limbo. Ela, Lolita. Sim o mito da Lolita estava bem encarnado naquela bela rapariga-mulher. Ele, podia ser Zé, Zé-Ninguém. Satisfeito com este baptismo repentino, e tão apropriado, reposicionou-se na sua cadeira por forma não perder pitada daquele encontro. Desejava ter umas orelhas que se assemelhassem a antenas parabólicas de escuta. Esboçou um sorriso quando se deu conta de que o silêncio que caía sobre a biblioteca lhe permitia, afinal, não ter que se transmutar ou socorrer de um aparelho para escutar as cenas que se iriam desenrolar.
O Zé, quando viu a Lolita aproximar-se, ajeitou a cadeira e sorriu para ela de maneira que ficou claro que a esperava. Sorrir de forma a ficar claro é uma autêntica figura de estilo. Na realidade o Zé quando sorri mostra uma dentadura tão castanho ocre que mais parece coberta de açafrão esturricado. Tirou um livro de uma pasta de couro manchada e retorcida pelo tempo e começou a falar com uma voz suave e doce. J franziu a testa com admiração com esta revelação sonora. Lolita ouvia-o com atenção e parecia mesmo absorver com afinco tudo o que o homem dizia. O Zé falava de equilíbrio químico e das alterações provocadas aos estados de equilíbrio.
J sentia-se confuso com aquele quadro e mais confuso ainda quanto ao tema da conversa. O equilíbrio químico, pensava para si, era algo que não existia nele naquele momento, e deu-se conta que não tirava os olhos da Lolita e que a sua química estava agora toda alterada, com descargas sucessivas de adrenalina. Irritou-se consigo e com o assunto que estava em cima da mesa. Ouvir falar de equilíbrio químico com a visão da Lolita era para si, naquele momento, o cúmulo da ironia.
Lolita, deu-se conta da sua presença e olhou-o pelo canto do olho, sorrindo, com um ar insinuante, desafiador e libidinoso.
J teve uma descarga de adrenalina tão forte que quase caía da cadeira. Nesta aparente queda, teve a visão da sua mulher que olhava para ele com aquele ar reprovador que ele tão bem conhecia. De repente pensou na tese das vidas paralelas: Ser franco e leal com todas as pessoas que conhecia, dar tudo de si aos amigos, à mulher, à família, aos colegas, enfim, ser transparente nas relações com todas elas, nas suas múltiplas vidas, nos seus múltiplos eus que encarnava, mas não entre elas. Uma espécie de compartimentos estanques. Saltaria de compartimento para compartimento em função do lugar e do contexto, sem que nada de um compartimento se pudesse misturar com os outros compartimentos. Seria verdadeiro e coerente em cada compartimento mas os vários compartimentos não tinham que ter coerência entre si. Desta forma, podia até haver lugar ao antagonismo. Seria um antagonismo pacífico, porque compartimentado, selado, hermeticamente fechado e só ele saberia a chave e as passagens entre compartimentos. Claro! era isso! estava resolvido o seu momentâneo dilema moral.
Voltou-se novamente para a Lolita e para o Zé, encorajado pela sua argumentação astuta, genialmente simples e linear, matemáticamente perfeita, quando viu a Lolita levantar-se, caminhar na sua direcção sorrindo para alguém que estaria atrás de si. Olhou para trás e quase caía novamente da cadeira quando se deparou, desta vez não em pensamento, com a sua mulher. Ela também sorria e ele, visivelmente confuso e perdido, tentava encontrar alguma lógica naquele cenário. Viu-as cumprimentarem-se e viu-se apresentado, pela mulher, à Lolita, que afinal não era Lolita mas sim Anaís, imagine-se. Levantou-se desajeitadamente, estremunhado, sentindo-se acordar de um pesadelo, desejando não estar ali, e viu-se a dar dois beijos naquela jovem-mulher com quem tinha acabado de fantasiar. Ela, adivinhando-lhe os pensamentos, qual espia na casa do amor,sussurrou-lhe ao ouvido enquanto o beijava: "As paralelas só se entrecruzam no infinito, mas tu és mortal. Não acredites em vidas paralelas."
J sentiu-se nú, literalmente nú, arrasado por aquela miúda que sorria para ele e para a sua mulher. Aturdido com aquela invasão brutal aos seus pensamentos, achou que nú não seria o termo mais apropriado à situação, seria mais transparente. Sim, transparente, totalmente transparente, só assim se justificaria tamanha devassa ao que de mais íntimo possuía. Olhou para ela e para a mulher que entretanto já se afastavam. Tinha agora a certeza que era transparente e que elas passaram por si como se ele não existisse, e apareceram exactamente para lhe demonstrar o quão transparente ele era. Tentou articular sons que não conseguiam passar por aquele súbito e monstruoso nó que se formara na garganta.
sábado, março 25, 2006
Novo Layout
quarta-feira, março 22, 2006
Retratos 19
domingo, março 19, 2006
Retratos 18
quarta-feira, março 15, 2006
Ambiências 25
domingo, março 12, 2006
Abstracto 02
quinta-feira, março 09, 2006
Séries 06
No entanto, na sociedade ocidental continuam a morrer todos os dias mulheres vítimas de abusos e maus tratos. Continuam a haver todos os dias violações. Nas sociedades islâmicas para além disso continuam a condenar-se à morte por métodos verdadeiramente bárbaros mulheres que cometam adultério. Nas sociedades africanas continua-se a prática de mutilações escabrosas aos órgãos genitais das mulheres. Por mais apelos e programas de sensibilização que hajam, os hábitos e as culturas teimam em não mudar. O Einstein com a sua genial acutilância e perspicácia dizia que era mais difícil destruir um preconceito do que um átomo. Era bom que ele se tivesse enganado.
terça-feira, março 07, 2006
Pele 11
sexta-feira, março 03, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Retratos 16
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Séries 05
Há coisas deliciosamente absurdas.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Ambiências 24
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Sugestão 07
Foto de Z
Aqui fica uma sugestão: Anouar Brahem, um tunisino que cria ambientes fantásticos com o oud. Neste trabalho, Madar, editado pela ECM em 1994, toca com o Jan Garbareck e criou arranjos fantásticos com diálogos intensos entre o saxofone e o oud.
domingo, fevereiro 05, 2006
Intimidades 12
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
terça-feira, janeiro 24, 2006
Retratos 15
Foto de Luís Zilhão
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Intimidades 11
terça-feira, janeiro 17, 2006
Intimidades 10
domingo, janeiro 15, 2006
Modos de Vida 08
Zoe, era uma mulher que, dizia-se, captava as energias exteriores. Sentia que conseguia sentir e descodificar o que a terra e os outros emanavam. Esta espécie de fusão com o mundo conferia-lhe uma aura contagiante. Sim, Zoe encantava. Fortes salpicos de sentido prático numa matriz esotérica. Definitivamente, essa combinação antagónica mas complementar deixava marcas indeléveis por onde passava. A alegria e a tristeza que carregava consigo faziam-se sentir na paixão que tinha pela vida.
Naquela quinta-feira, naquela tarde de quinta-feira, olhava para as gaivotas e sentia-se livre, sentia que também voava naquele voo lânguido, suave e doce.
As gaivotas também captavam as energias exteriores. Tinham uma enorme eficiência no aproveitamento das mais pequenas brisas e diferenças de temperatura para os voos planantes que realizavam.
Zoe voava com elas. O tempo corria agora noutro tempo e Zoe não tinha pressa nem sequer vontade de o acertar. Sabia que o tempo, aquele que pulsa sem parar, se encarregaria de o acertar e de a lançar em novos voos.