Saíram ontem os resultados dos exames nacionais. Convém dizer que sobre as mesmas disciplinas haviam dois tipos de provas: as que incidiam sobre programas leccionados há dez anos e as que incidiam sobre programas que se estrearam em 2003 e que tiveram o culminar em 2006, fechando o ciclo. Convém dizer também que quando se iniciaram os novos programas, ambiciosos e extensíssimos, os professores foram formados à pressão. Isto é, recebiam formação em Setembro e Outubro para os começarem a leccionar em Setembro! Mais, os novos programas implicavam equipamentos laboratoriais que não chegavam nem chegaram em tempo útil às escolas. Foi uma reforma feita à pressa e que se iniciou por disparates políticos pressionados pelas Editoras livreiras. Os resultados foram os que já se conhecem. O Ministério ficou tão escandalizado e surpreendido ( só mesmo os inconscientes e pouco prevenidos é que se escandalizam, porque os professores avisaram ) que permite agora à laia de remedeio que os alunos repitam novamente as provas na 2ª Fase e que conte a melhor nota.
Este processo que durou três anos espelha a irresponsabilidade com que a tutela inicia reformas: Não as prepara, não as acautela, lança os dados e pensa que a sorte protege os audazes.
Agora não me apetece dizer mais, nem me apetece dizer que formalmente os professores e o trabalho que desenvolveram desde Agosto de 2005 até hoje e até Dezembro de 2006 não existe nem existirá, não conta nem contará, foi e será a feijões: São os profes-zombies.
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