We will act as if what we do will make a difference. There is nothing you and I won't do.
domingo, maio 23, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
Social 22
Partilho convosco uma notícia acabada de sair sobre um estudo apresentado ontem, no Porto, no 10º Congresso da Federação Europeia de Sexologia:
"Metade das mulheres portuguesas masturbou-se regularmente na adolescência e cerca de um terço continua a fazê-lo para lidar com o stresse. Entre as que têm uma relação estável, 55% revelam-se altamente satisfeitas com a sua vida sexual."
Estas conclusões resultam de duas investigações que visavam aprofundar o conhecimento sobre a sexualidade das portuguesas. O estudo conduzido por Sandra Vilarinho, que envolveu 497 mulheres em relações estáveis, concluiu que mais de metade se sente muito satisfeita no que diz respeito ao prazer sexual, sendo o bem-estar na relação conjugal determinante para 25% das inquiridas. Seis em cada dez tiveram desejo ou interesse sexual "quase sempre" ao longo do mês anterior ao inquérito.
In "Jornal de Notícias"
O que mais me satisfez, foi que a autora concluiu que as mulheres sexualmente mais satisfeitas revelam maior autoconfiança, alegria e serenidade.
Sugiro que seja um estudo a apresentar ao Papa, aproveitando a sua passagem pelo Porto, para ver se acaba a recriminação católica à sexualidade. Err... esqueci-me que a história mostra que a igreja e estudos científicos, são como dois líquidos imiscíveis. No passado, até davam chama, na fogueira.
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Catarina Cruz
domingo, maio 09, 2010
Social 21
Partilho aqui um texto do Mia Couto, a propósito do desencanto com o país que o fez nascer:
Havia um país em que tudo funcionava na base dos dez por cento.
Era o médico: - Mandas-me esse doente e eu pago-te 10%.
Era a criança de rua para um candidato a criança de rua: - Deixo-te guardar carros na minha área e dás-me 10 por cento.
Era o chefe: - Deixo a vossa empresa ganhar o concurso e vocês retribuem com 10 por cento.
Era o polícia: - Estou a telefonar para lembrar aquela multa que perdoei... recorde-se do combinado.
Era o director: - Coloquei-te no projecto como técnico... já sabes, não é?
Era o outro chefe em sussurro para o empresário estrangeiro: - Podem investir no nosso país mas... há comissões, é normal...
Tudo parecia correr bem, no país dos dez por cento. Na aparência, pelo menos... As pessoas trabalhavam a dez por cento, sonhavam nessa percentagem, viviam nessa escassa perspectiva. Tudo a dez por cento.
Mesmo a esperança a ser investida no futuro ocupava apenas uma fracção do coração.
Certo dia, porém, alguém pensou tomar uma iniciativa a 100 por cento. Meu dito, meu feito. O homem arregaçou as mangas e trabalhou.
E logo os amigos, familiares e colegas desataram a rir. Que o esforço seria em vão. Porque, nesse país, o construir era entendido como "comer". E ninguém pode "comer" sozinho. Viria o fiscal e pediria 10 por cento. Viria o camarário e pediria 10% para as licenças. Viria o ministerial e exigiria 10 por cento. Ou mais.
No final, ele acabaria por ficar com menos de 10 por cento das ideias, e do esforço aplicado resultaria quase nada. Que no país dos dez por cento o melhor é não fazer. O melhor é não construir, nem trabalhar. O que é bom e saudável é parasitar os que querem fazer. Sobretudo, os que querem fazer a cem por cento.
E assim, embora aparentando toda a normalidade, o país a dez por cento padecia de uma doença fatal. O problema é que um país a dez por cento só pode ser dez por cento país!
O terceiro mundo está muito mais perto de alguns europeus do que eles próprios imaginam.
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Vitor Cid
domingo, maio 02, 2010
Social 20
Foto de Nuno Sousa
O papa prepara-se para visitar Portugal. A acompanhá-lo, toda a negritude que há muito se suspeitava: o "amor" pelas crianças. A cobardia tem que ter limites e não há perdão possível para estes crimes perpretados por gente execrável que se esconde atrás de uma batina.
Não pode haver perdão também para as hierarquias, cúmplices, que com o seu silêncio activo ou passivo perpétuaram a pedofilia. Shame on you!!
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Nuno Sousa
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