Zoe, era uma mulher que, dizia-se, captava as energias exteriores. Sentia que conseguia sentir e descodificar o que a terra e os outros emanavam. Esta espécie de fusão com o mundo conferia-lhe uma aura contagiante. Sim, Zoe encantava. Fortes salpicos de sentido prático numa matriz esotérica. Definitivamente, essa combinação antagónica mas complementar deixava marcas indeléveis por onde passava. A alegria e a tristeza que carregava consigo faziam-se sentir na paixão que tinha pela vida.
Naquela quinta-feira, naquela tarde de quinta-feira, olhava para as gaivotas e sentia-se livre, sentia que também voava naquele voo lânguido, suave e doce.
As gaivotas também captavam as energias exteriores. Tinham uma enorme eficiência no aproveitamento das mais pequenas brisas e diferenças de temperatura para os voos planantes que realizavam.
Zoe voava com elas. O tempo corria agora noutro tempo e Zoe não tinha pressa nem sequer vontade de o acertar. Sabia que o tempo, aquele que pulsa sem parar, se encarregaria de o acertar e de a lançar em novos voos.
1 comentário:
Gosto muito desta imagem
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