Em cada ruga descubro um pouco do teu passado que não foi meu. Aproximo-me. Se procurar bem no fundo de cada sulco rasgado na tua pele encontro as histórias que já pensavas perdidas. Em cada pedaço de pele ainda restam os aromas de todas as terras por onde passaste. Os trejeitos teimosos dos teus cabelos contam as aragens que já respiraste e têm as marcas do vento e da chuva. Os trapos que carregas apenas tapam alguma intimidade que pensavas já irremediavelmente abandonada.
O teu passado tão marcadamente visivel no teu tempo presente atrai-me. Atrai-me pelo que és e pelo que foste, mas o que mais me encanta é o que serás comigo ao teu lado. É, ainda sonho. O futuro passa ainda por nós nem que seja no segundo imediatamente a seguir, nem que seja apenas um infinitésimo. A velhice não é uma inevitabilidade ordenada pelo tempo, a velhice é quando perdemos a capacidade de sonhar e de amar.
Não te enganes, esta bengala que carrego serve para equilibrar este esqueleto cobarde que se curva perante o tempo, mas a sua função principal é criar lastro a esta mente que teima em voar.
A aurora da Primavera é para ser vivida como se fosse a última. Aproveitemos todas as energias que brotam da Terra, até nela repousarmos.
4 comentários:
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