As últimas semanas mostraram ao mundo que o poder não é perpétuo e que pode cair por vontade popular. Estas revoluções de rua, convocadas na net, mostram que o mundo está em transformação nas formas de mobilização e de organização da contestação.
Não duvido que no futuro surgam teses de doutoramento sobre o impacto das redes sociais na definição da política de uma nação ou outros títulos afins.
Todavia, será com toda a certeza interessante confrontar a eficácia da organização espontânea e popular contra os regimes autoritários ou ditatoriais versus a eficácia dos mesmas em regimes democráticos, onde o "inimigo" é aparentemente invisível e difuso.
De qualquer forma, e independentemente do rosto do "inimigo" ao bem estar dos povos, estas últimas semanas evidenciam que as revoluções de rua são, não só possiveis, como eficazes.
Outra questão, mais séria, que se coloca imediatamente a seguir a uma revolução é saber quem se perfila no poder vindouro: O poder sombra, sempre poderoso, que nunca deu a cara e que aproveita e manipula as jogadas genuinas dos peões para dar xeque, ou o poder espontâneo e genuíno dos povos?
A História mostrou-nos que o caminho faz-se caminhando, a matemática e a física também nos mostraram que todos os caminhos vão, ao fim de algum tempo, dar ao mesmo lugar. Seja como for, o futuro constrói-se, o futuro passa por todos nós, aqui e agora.
1 comentário:
Gosto tanto da net..., como desconfio dela.
Nem sempre ao aderir a uma ideia vinda da net podemos ter a certeza de que o que está por de trás, para lá do monitor que nos fascina, a notícia ou o chamamento bem intencionado.
Em todo o lado existe perigo, mas eu gosto de ver a "cara do perigo, a real"... e não aquela que me descrevem ou me mostram conforme a conveniência.
Pode ser estupidez minha... ou talvez não.
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