Porque o mundo é cada vez mais pequeno, tão depressa estamos em Moçambique como em Portugal como em qualquer outra parte do mundo. Depois de Lisboa, dos encontros familiares para celebrar a época da família e dos amigos que mais prezo, uma passagem por Itália, um país que cada vez mais me é familiar. Em Itália, decidiu-se celebrar o novo ano em Veneza, cidade com uma carga romântica especial e com um ambiente, de facto, único no mundo.
Em Veneza, a passagem de ano era subordinada ao tema do amor, “Love 2009” e consistia basicamente em celebrar a entrada do novo ano com um beijo colectivo na Praça de S. Marcos. Pretendiam os organizadores do evento demonstrar ao mundo que o amor ultrapassa todas as barreiras sociais, credos, cor e raças e que o entendimento entre todos os povos é sempre possível desde que se abra o coração aos outros. Uma forma alternativa de combater a depressão colectiva que de repente e sem aviso se abateu sobre o mundo ocidental.
O conceito agradou-nos, (não fazia sentido celebrar o amor sozinho) e o local parecia o mais apropriado para o efeito e, assim, partimos rumo a Veneza, à Praça de S. Marcos, armados de algumas garrafas de espumante Franciacorta, com o peitos abertos e receptivos à celebração do amor simbolizado num beijo colectivo para iniciar 2009.
Caminhámos por entre as estreitas ruelas de Veneza debaixo de um frio intenso e anormal, aquecidos pelas emoções que carregávamos connosco e pelo tal espumante que já borbulhava dentro dos nossos corpos. As ruas estavam cheias de viajantes vindos de toda a parte e fervilhavam de boa disposição e, claro, não faltavam pequenos bares que serviam de paragens quase obrigatórias para repor o calor dos corpos que se começavam a ressentir da temperatura exterior. Chegados à Praça de S. Marcos, o cenário prometia. Um palco ao fundo e virado para a Basílica de S. Marcos animava as dezenas de milhares de espectadores que iam festejando a ocasião.
Por acaso, ou não, porque estas histórias do acaso tem pano para mangas, e agora, já em Maputo com um calor de inchar, falar em mangas é coisa que me afronta, o acaso, dizia eu, fez com que no exacto momento em que chegámos ao local do evento, subisse ao palco um casal que ia afirmar o tal conceito de que o amor é universal. Ela, moçambicana, de Pemba – local que nos havia encantado 3 meses antes – e ele austríaco. A coincidência foi enorme, porque em Pemba, havíamos estado em casa de um austríaco que estava com uma moçambicana para festejar o seu aniversário.
Esta coincidência encheu-nos de alegria e surpresa e ainda hoje não sabemos se seriam eles ou não. O que sabemos é que mesmo numa passagem de ano em Itália a terra onde agora vivemos estava representada e fez-se ouvir.
Chegada a meia-noite, o amor celebrou-se colectivamente com uma intensidade e emoção genuínas. Depois, o tradicional fogo de artifício e, enquanto toda a gente olhava para o ar para apreciar as cores e os efeitos do fogo, começaram a cair flocos do céu. 2009 brindou-nos a todos com neve que começou nessa altura a cair intensamente. Eu, português habituado a climas bem mais temperados, vivi o momento com regozijo. Um regozijo que entretanto deu lugar à estupefacção porque findo o fogo de artifício, o palco apagou-se e a festa para todos aqueles milhares de pessoas, acabou!
Nem queria acreditar que um evento daqueles, naquela ocasião, acabasse no exacto momento em que deveria começar! A alternativa para os milhares de pessoas era a neve, os pequenos bares, as ruas labirínticas ou as banheiras quentes cheias de espuma.
Em Veneza, a passagem de ano era subordinada ao tema do amor, “Love 2009” e consistia basicamente em celebrar a entrada do novo ano com um beijo colectivo na Praça de S. Marcos. Pretendiam os organizadores do evento demonstrar ao mundo que o amor ultrapassa todas as barreiras sociais, credos, cor e raças e que o entendimento entre todos os povos é sempre possível desde que se abra o coração aos outros. Uma forma alternativa de combater a depressão colectiva que de repente e sem aviso se abateu sobre o mundo ocidental.
O conceito agradou-nos, (não fazia sentido celebrar o amor sozinho) e o local parecia o mais apropriado para o efeito e, assim, partimos rumo a Veneza, à Praça de S. Marcos, armados de algumas garrafas de espumante Franciacorta, com o peitos abertos e receptivos à celebração do amor simbolizado num beijo colectivo para iniciar 2009.
Caminhámos por entre as estreitas ruelas de Veneza debaixo de um frio intenso e anormal, aquecidos pelas emoções que carregávamos connosco e pelo tal espumante que já borbulhava dentro dos nossos corpos. As ruas estavam cheias de viajantes vindos de toda a parte e fervilhavam de boa disposição e, claro, não faltavam pequenos bares que serviam de paragens quase obrigatórias para repor o calor dos corpos que se começavam a ressentir da temperatura exterior. Chegados à Praça de S. Marcos, o cenário prometia. Um palco ao fundo e virado para a Basílica de S. Marcos animava as dezenas de milhares de espectadores que iam festejando a ocasião.
Por acaso, ou não, porque estas histórias do acaso tem pano para mangas, e agora, já em Maputo com um calor de inchar, falar em mangas é coisa que me afronta, o acaso, dizia eu, fez com que no exacto momento em que chegámos ao local do evento, subisse ao palco um casal que ia afirmar o tal conceito de que o amor é universal. Ela, moçambicana, de Pemba – local que nos havia encantado 3 meses antes – e ele austríaco. A coincidência foi enorme, porque em Pemba, havíamos estado em casa de um austríaco que estava com uma moçambicana para festejar o seu aniversário.
Esta coincidência encheu-nos de alegria e surpresa e ainda hoje não sabemos se seriam eles ou não. O que sabemos é que mesmo numa passagem de ano em Itália a terra onde agora vivemos estava representada e fez-se ouvir.
Chegada a meia-noite, o amor celebrou-se colectivamente com uma intensidade e emoção genuínas. Depois, o tradicional fogo de artifício e, enquanto toda a gente olhava para o ar para apreciar as cores e os efeitos do fogo, começaram a cair flocos do céu. 2009 brindou-nos a todos com neve que começou nessa altura a cair intensamente. Eu, português habituado a climas bem mais temperados, vivi o momento com regozijo. Um regozijo que entretanto deu lugar à estupefacção porque findo o fogo de artifício, o palco apagou-se e a festa para todos aqueles milhares de pessoas, acabou!
Nem queria acreditar que um evento daqueles, naquela ocasião, acabasse no exacto momento em que deveria começar! A alternativa para os milhares de pessoas era a neve, os pequenos bares, as ruas labirínticas ou as banheiras quentes cheias de espuma.
A Itália, como o resto da Europa, andam a viver momentos incaracterísticos e estão a perder qualidades. Cada vez mais parece que já não é o que era!
Bem vindos a Moçambique!
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