Andar no mato, a pé, rodeado de vida selvagem, é uma experiência inesquecível. Por um lado sentimos-nos em plena harmonia com a natureza, integrados nos vários elementos naturais aproveitando -os todos para minorar o desconforto ou necessidades. Por outro lado, sentimos-nos pequenos, vulneráveis, atentos a todo e qualquer sinal de perigo, com níveis de adrenalina que nos despertam. Com o passar do tempo, aprendemos a interpretar os sinais à nossa volta, os sons, as marcas, os rastos e os movimentos dos animais que "falam connosco" e nos dão as várias notícias do dia e da noite que passou.
O som de um determinado pássaro pode ser indicativo da presença de determinado animal selvagem uma vez que eles criam simbioses com mamíferos que não convém encontrar de perto e de forma desprevenida, como é o caso dos búfalos e hipopótamos.
Os movimentos dos babuínos, de algumas aves e de antílopes permitem-nos avaliar e precaver da presença de grandes felinos, que também não convém encarar desprevenidamente.
Os rasto no mato e as marcas frescas nas árvores permitem-nos avaliar a presença recente de elefantes. Na foto de cima, um guia observa o mato em redor à procura de sinais de vida selvagem, no cimo de um tronco de um enorme embondeiro (árvore mítica africana), derrubado pela actividade dos elefantes. É muito comum ver árvores caídas por causa dos elefantes, é muito mais raro ver embondeiros deste porte.