quinta-feira, junho 29, 2006

Retratos 20

Sei porque vais e sei que quando chegares muitos pequenos rostos sorrirão e que isso te dará a felicidade que buscas. Sei também que quando ouvires uns sopros de flautas sentirás na pele que a música aproxima e liga as pessoas e os povos.

quinta-feira, junho 22, 2006

Modos de Vida 14


Em tempo de Mundial de futebol a selecção nacional vai anestesiando o povo com os resultados que está a alcançar nas terras germânicas. Acho mesmo que o primeiro-ministro em caso de vitória deve ter prometido regalias especiais aos jogadores de forma a manter a moral do povo em cima e distraída com o que se passa. Este último mês, foi apresentado um conjunto de medidas de ataque violentíssimo aos professores, à sua dignidade profissional e às escolas públicas. Não, nem sequer me estou a referir a essa absurda ideia de os pais avaliarem o desempenho dos professores, porque essa proposta, para além de risível é a de menor importância no conjunto das propostas ao, diria, futuro “Não-Estatuto-dos-Professores.”
Se esta proposta se vier a verificar, os jovens e menos jovens professores deste país apodrecerão numa carreira estagnada sem o menor motivo de interesse por mais excelentes que sejam porque só poderão progredir se os colegas de mais idade tiverem todos morte súbita. Será com este sistema de quotas na progressão, verdadeiramente assassino, que este governo pretende aliciar o mérito e o bom desempenho e a qualidade da educação? Claro que para o governo o que importa são apenas os resultados, os meninos têm todos que passar para melhorar as estatísticas do abandono escolar e da baixa escolaridade de Portugal. Estou certo que muitos professores afastar-se-ão do ensino público e, dentro em breve, a escola será também ela externalizada, como é agora moda dizer-se. Aliás, esse é o verdadeiro propósito deste “Estatuto-dos-Professores” distribuir mais umas negociatas pelos amigos e famílias. Até quando vamos permitir este abuso?

domingo, junho 04, 2006

Modos de Vida 13

Há dias passei um bom par de horas numa aldeia bem perto do centro geográfico de Portugal. Daquelas aldeias isoladas por montanhas e árvores em que a linha do horizonte está alta e acompanha o relevo da montanha. Dizia-me um amigo meu enquanto calcorreávamos aquelas ruelas sinuosas e nos cruzávamos com os escassos habitantes do sítio. "Aqui sabes com o que contas, as pessoas são como são e nada escondem." De facto, esta gente tem a alma na ponta das mãos.
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